
Depois da exibição do test-screening de Harry Potter e o enigma do Príncipe, muitos relatos e resenhas sobre o filme estão chegando. O site Mugglenet, um dos sites potterianos mais conhecidos no mundo, acaba de divulgar a sua resenha. Além disso, o Capone publicou duas críticas negativas sobre o sexto filme. Confira a resenha do Mugglenet, e as outras duas críticas abaixo, traduzidas por Daniel Mählmann, Fernanda Midori e Iago Sales, do Potterish.
Relato do site Mugglenet.com
Tradução: Daniel Mählmann, Fernanda Midori e Iago Sales
Primeiro, deixe-me explicar que o que nós vimos foi uma exibição teste de Harry Potter e o Enigma do Príncipe – o primeiro, aparentemente, que sempre acontece em Chicago, baseando-se de volta aos dias dos dois primeiros filmes. Lá estavam, se eu tivesse que adivinhar, diria que 300 pessoas, e nenhuma delas com as quais conversei sabiam com antecedência o que íamos ver. Tudo que nos disseram foi que o filme deveria ser classificado como PG-13, não era permitido dispositivos de gravação de vídeo ou áudio (eles confiscaram nossos telefones) e o propósito da exibição era de obter opiniões de diversos públicos antes do lançamento real do filme. Mais propriamente uma norma, tenho certeza.
Enquanto sentados no cinema, tudo o que podíamos fazer era especular sobre qual filme seria. Estávamos completamente incertos, até que alguma coisa que aconteceu me fez olhar duas vezes. David Heyman entrou no auditório e começou a falar com um sócio. Embora não o tivesse conhecido pessoalmente antes, eu o havia visto em muitas entrevistas, e, quando o vi, minhas mais remotas esperanças vieram à minha cabeça. Sem dúvida, as luzes diminuíram, e anunciaram que iríamos ver uma versão inacabada e cortada, não inteiramente completa, mas em geral íntegra, de Harry Potter e o Enigma do Príncipe.
Em frente com o filme.
Nós sabíamos que eles tinham filmado uma cena do desmoronamento da ponte, que no livro foi mencionado no primeiro capítulo, “O Outro Ministro”. Isso resultou em uma grande seqüência de abertura, e, embora não conheçamos o Primeiro Ministro trouxa, nós vemos o desastre na perspectiva dos trouxas. Na verdade, é de ambas as perspectivas, trouxa e bruxa, que vemos o que acontece – um truque realmente legal que se pode fazer com um filme. É tirado muito bem. Já gostei do estilo e cuidado que é colocado na caracterização das pessoas nesse mundo, que nem ao menos conhecemos.
Os Dursleys não estão nesse filme, mas essa informação também já sabíamos. Ao invés disso, encontramos Harry esperando por Dumbledore, e não vou dizer onde, exceto dizer que eles construíram uma cena que acho que funciona bem. O filme já deu alguns segundos para refletir rapidamente os horrores do ano anterior de Harry, e nós estamos prontos, como público, para ver Harry seguir sua jornada e ir para longe dali.
Harry e Dumbledore aparatam acompanhados (o efeito especial, que pareceu estar completo, foi perfeito em seguir a descrição da ação) para o povoado onde Slughorn estava, e uma das minhas maiores preocupações no filme era ver Jim Broadbent como Horácio Slughorn. Não se preocupe. Em todo o filme, eu estava continuamente impressionado em como eles adaptaram o personagem ao filme, e dizer que ele reflete mesmo o meu Slughorn dos livros satisfatoriamente, com um pouco a mais, é verdade. A cena onde eles encontram Slughorn é surpreendentemente próxima dos eventos do livro, assim como é na maior parte do filme, na verdade. Eu estava surpreso e contentíssimo em ver Slughorn-sofá colocado no filme.
Os acontecimentos de “A Rua da Fiação” também são no começo do filme. Recebemos uma foto promocional de Alan Rickman como Snape e Helen McCrory como Narcisa realizando o Voto Perpétuo, e isso porque – está no filme. Alan Rickman parece bem. Eles fizeram o traje de Snape sob medida e ele estava com um cabelo mais apropriado, o tratamento completo de vilão principal, eu suspeito. A cena é forçadamente procedida e não parece fora do lugar com os muitos acontecimentos do começo do filme.
E assim, o filme continua. Com o rumo inicial da história atrás deles, embora não tenha parecido rápido de qualquer modo, somos levados à Toca. Aqui é onde vou acelerar a resenha.
Muitas das coisas que as pessoas pareceram não gostar no quinto filme, assim como a imensa quantidade de tempo passando em atraentes visuais e por outro lado fotografias decepcionantes, não aparecem nesse. O filme mantém o visual nítido do diretor, porém. Recomeçando da cena inicial da Toca, fica claro que o sr. Yates não perdeu seu lado criativo e nem mudou para fazer coisas diferentes e maravilhosas com a câmera.
O filme inteiro parece manter o passo, e acho que uma das coisas que ajudaram a equipe é o corte claro de um conjunto de eventos espalhados quase uniformemente por todo o ano no livro. Não há muita coisa acontecendo, apenas coisas suficientes em significativas épocas do ano, então eles podem documentar o ano inteiro sem sentir que está muito rápido. Novamente, menciono a proximidade do filme com o livro detalhadamente. Algumas cenas são quase literalmente (parecidas), mas as que não são servem para realmente melhorar o impacto do filme e a habilidade de estar sozinho como um filme.
Todas as minhas preocupações com Bonnie Wright como Gina foram lavados para longe em sua primeira cena. O livro seis tem ou muito beijo ou muito Voldemort – de nenhum eu reclamei e de ambos eu gostei – mas esse filme balanceia completamente os dois muito bem. Parece quase fácil. Mas há mesmo cenas sombrias e depois cenas muito divertidas. Se você conhece os personagens por ter lido os livros, eu acho que você vai escapar mais do filme do que aqueles que não leram, e isso me surpreende. Pela primeira vez, aparentemente, a equipe fez um filme que é REALMENTE conforme os personagens no livro e quase sem medo de deixar os novatos com a vara mais curta.
Também é importante mencionar que esse filme não é de nenhum modo, sob qualquer condição, em qualquer aspecto ou forma, um filme para crianças. Eu disse isso antes de considerar os Potters, mas dessa vez não podia ser mais verdade. Tudo nesse filme grita grave intensidade, como a cena do colar com Cátia Bell, e isso me deixa tão feliz que eles puderam fazer um filme intenso como esse, porque me dá esperanças para as adaptações do sétimo livro. Mas eu acho que vocês deveriam pensar duas vezes antes de trazer seu irmão mais novo para vê-lo.
Tal esforço é gasto nas personalidades do trio do começo ao fim do filme. De fato, Emma Watson nunca esteve melhor. Há um momento nesse filme onde eu quase gritei “ESSA é a Hermione do meu livro!” o que não aconteceu a mim desde o primeiro filme. Semelhantemente, Rupert teve algumas cenas REALMENTE engraçadas para interpretar nesse filme. O enredo secundário de Lilá é hilário e, surpreendentemente, não é irritante. E oh, que alegria é ver o quadribol de volta!
O filme foca no trio talvez mais do que nunca, mas os personagens em volta são bem retratados. Matthew Lewis como Neville de novo tem uma quantidade pequena de tempo em tela, mas todos nós sabemos o quão incrível seu papel vai ser no próximo filme. Entretanto, mesmo em cenas onde os personagens que nós conhecemos não estão em destaque ou falando, eles aparecem. Não há dúvida devido à melhora da atuação de todos, e a tolerância seriamente elogiável por suas partes pequenas. Eles representam bem. A Luna de Evanna Lynch tem, talvez, o mesmo tempo de cena que ela teve no último filme, e muitas coisas de seu personagem nos livros são trazidas às telas e são divertidas de ver.
O novo elenco também é louvável. As personagens de Córmaco McLaggen e Lilá Brown realmente ajudam a impulsionar o lado escolar da trama ao longo do filme. O filme quase se baseia em seus papéis convincentes no momento, porque é mais fácil esquecer que nós estamos em uma escola com todas as coisas sombrias, misteriosas e tudo mais que está acontecendo.
Há muitas cenas com Draco. Estou surpreso por não tê-lo mencionado ainda. Desde cedo, Tom Felton tem muito a fazer nesse filme e é muito agradável vê-lo conseguir interpretar sua personagem por uma boa quantidade de tempo. O filme é simpático - o foco da história tem sua difícil situação como uma subtrama, e nós vamos vê-lo muitas vezes rondando pelo castelo nos fundos de outras cenas. Nós somos “lembrados” que ele tem a sua missão, sem tudo ser dito.
Michael Gambon, neste filme, finalmente me satisfez. Ele tem o tom de voz correto das falas que é necessário para Dumbledore, e parece estar real e totalmente dentro nele. O clímax do filme é feito de forma muito impressionante, e ao longo do filme você é capaz de adotar o seu Dumbledore bastante bem.
Outra grande coisa sobre esse filme é o reaparecimento de pequenas coisas. O diário de Tom Riddle, de Câmara Secreta, o Mapa do Maroto, por exemplo. São as pequenas coisas que acrescentam continuidade dos filmes anteriores pela qual eu sou persistente. Além disso, os gêmeos! Embora eu tenha percebido que eles não tem os adereços, de longe a minha cena FAVORITA no filme é uma que se tem lugar na Gemialidades Weasley! É tão bom vê-los depois da fraca abertura inicial do filme e a sua cena, por volta de cinco muitos de duração, é a melhor. Os cineastas simplesmente não poderiam deixá-la de fora - e fizeram bem em mostrar que algumas pessoas no mundo mágico são capazes de superar todo o medo acontecendo lá fora. O Beco Diagonal está, por outro lado, quase completamente vazio - a loja do Olivaras está vazia. Vocês conseguem acreditar que eles mencionam isso? Eles falam. Eles ainda tiveram tempo para andar dentro dela e se sentir tristes.
As próximas a serem citadas são as cenas da Penseira. Havia sido confirmado que haveria uma menor quantidade delas no filme do que há no livro. Eu não tive problema com as cenas cortadas do Filme Cinco, e tive menos problema ainda por elas não serem incluídas no Sexto. O que os cineastas têm feito é elaborar meticulosamente um filme retratando os eventos que acontecem no livro e contar uma história realmente atraente, incluindo todas as partes mais adaptáveis que eles poderiam encaixar no tempo de fita. Eu teria gostado de ter visto os Gaunts? Talvez. Mas isso é facilmente uma cena de dez a quinze minutos que pouco tem a ver com o caminho atual à frente de Harry. Existem algumas coisas que tenho orgulho de poder simplesmente ler no livro e que sempre estarão lá, tão bem feitas, sem uma adaptação cinematográfica.
Existem apenas duas cenas da Penseira incluídas. A cena do teaser trailer, do jovem Tom Riddle no orfanato, e a cena da classe de aula do Slughorn, tanto a reduzida quanto a mais longa como no livro, quando descobrem sobre as Horcruxes. Essas três viagens na Penseira são tão bem colocadas no filme, e o filme não aparenta separado delas. Também não há muitos beijos. Em termos globais, mais uma vez, há um grande equilíbrio.
A cena da caverna no final do livro poderia ter sido estragada tão gravemente no filme, mas não foi. Ela é maravilhosa. É exatamente o que eu imaginava e conduz um impacto emocional incrível. As características especiais são ótimas. Assistir Harry obrigado a saciar Dumbledore é simplesmente tão cru e assustador como foi no livro. A atuação de Dan Radcliffe por toda a cena é dez.
Esqueci de mencionar a subtrama do Príncipe Mestiço. Com tantas subtramas, é uma maravilha como todos eles a encaixam tão bem no filme, mas eles conseguem! Ela não foi cortada! E as cenas do Clube do Slugue, ah sim, existem algumas. E o Quadribol, como mencionado. De volta a isso, eu estou impressionado com a quantidade de cada coisa que eu achava que não iria ver.
Por último, o clímax. Ele também foi adaptado muito bem. Existe essa emoção por trás dele e, quando a trilha for concluída, tenho certeza de que será um dos momentos determinantes da série. Eu gostei muito de assistí-lo, muito mais do que a cena de morte do Sirius. Houve um momento engraçado para mim na Toca, com Lupin, Tonks e o Sr. Weasley na sala, quando eu pensei “Ei, espere um minuto, onde está o Gary Oldman?” A morte de Dumbledore irá marcar.
A trilha do filme, embora nós tenhamos ouvido uma versão não-finalizada, foi ótima. Eles têm utilizado alguns temas recorrentes, incluindo vários do filme Prisioneiro de Azkaban! Eu fiquei bastante aterrado ao ouvir a melodia de “Something Wicked This Way Comes” ajustada para os eventos do livro seis - tão ameaçadora e verdadeiramente perfeita. Tenho plena confiança de que, quando concluída, será maravilhosa.
Depois do filme, eu me apresentei ao David Heyman [NT: produtor]. Não somente ele estava lá, mas também Alan Horn, o presidente da Warner Bros., David Yates, o diretor, David Barnes, o co-produtor, e Mark Day, o editor do filme! Todos eles se sentaram mais tarde para um “grupo de diálogo” de vinte minutos, que eu não compareci, e quando saíram, eu falei com eles sobre a duração do filme e como senti que era um grande sucesso.
Eu escrevi esse relato para que pudesse expressar a todos como valerá a pena a espera por esse filme. Sei que ele foi adiado e que isso enoja. Mas eles vão usar esse tempo que têm agora, projetá-lo um pouco mais, e estou totalmente convencido que um filme melhor será feito como resultado disso. Mal posso esperar para ver os trailers adequados do filme, um pôster do filme, e todas aquelas coisas porque minhas preocupações desapareceram completamente. Tenho certeza que o filme que eu vi não é o filme final e, uma vez que o CGI esteja completo e as respostas forem consideradas, haverá muito mais para fazê-lo uma experiência completamente diferente.
Imaginar isso ainda é um pouco mais de um borrão, mas espero que isto ajude a espera, e assegure a vocês que as pessoas que estão fazendo o filme têm respeito pelos fãs no coração. Todos nós recebemos análises que nos imploraram para serem tão específicas quanto possível sobre o que vimos e o que não gostamos, quais foram os nossos personagens favoritos, perguntas sobre o ritmo do filme e tudo isso. Este filme ainda será o melhor. Eles têm o tempo e a força de vontade para torná-lo o melhor.
Primeira prévia publicada pelo Capone
Tradução: Daniel Mählmann
Oi. Eu vi Harry Potter e o Enigma do Príncipe, no sábado passado, em Chicago. Ele foi apresentado nos panfletos como uma exibição misteriosa, e logo antes de começar, um homem com um microfone disse que nós seríamos as primeiras pessoas a vê-lo. Talvez 75% dos efeitos especiais estavam completos. Além disso, alguns trechos de música do Batman Begins estava na trilha sonora, indicando que ela ainda deveria ser totalmente preenchida. O tempo de execução dessa versão foi de aproximadamente 145 minutos.
Eu li os livros uma vez, talvez duas alguns deles, mas eu definitivamente não sou aquilo que chamo de fanático. Tenho visto os filmes, mas comecei a perder o interesse por eles depois do quarto, com o qual eu senti que eles poderiam ter feito um trabalho muito melhor. Eu li Enigma do Príncipe há cerca de três anos e não me lembro de todos os detalhes, então, por favor, sejam tolerantes comigo.
E aqui existem spoilers, então não diga que eu não avisei.
O filme começa com um ataque a uma ponte em Londres pelos Comensais da Morte. Eles voam ao redor dela como numa formação ondulatória estilo saca-rolhas, provocando a queda da ponte na água abaixo. Eles fazem seu caminho para o Beco Diagonal, colocam uma mala sobre a cabeça de algum cara e levam-no embora. Foi uma abertura bastante espetacular, e eu entendi, depois de falar com umas duas pessoas, que os cineastas decidiram mostrar alguns dos ataques dos Comensais da Morte aos trouxas, ao invés de ter dois caras numa sala falando sobre isso, como foi retratado no livro, mas em relação ao resto do filme, eu não poderia entender por que aquilo estava ali. Quem quer que seja o sequestrado, ele não reaparece no resto do filme, e o dinheiro gasto nessa seqüência de abertura (que não está no livro) poderia ser desviado para algo que acontece mais tarde, para a ausência do que deveria deixar os fãs dos livros decepcionados. (A pessoa sendo sequestrada talvez seja o Olivaras, e a pessoa sendo atingida pela mala pode ter sido um dublê dele - nem todos os efeitos foram finalizados. Por quê eles fariam isso digitalmente, porém, não faz sentido para mim.)
Somos apresentados ao Horácio Slughorn, que é interpretado por Jim Broadbent. Quando eu ouvi pela primeira vez que ele não seria gordo e não teria um bigode, fiquei irritado, mas a personagem de Broadbent é facilmente a mais agradável do filme. Há duas cenas durante as quais ele está bebado que são ótimas. Ele assume o cargo de professor de Poções, e Harry encontra um livro que uma vez pertenceu ao Príncipe Mestiço. Em uma cena, Harry segue as instruções de mistura de poções modificadas do livro e consegue bons resultados enquanto o resto dos seus colegas ao seu redor falham. Isto me leva a outro problema que eu tive com o filme - o mistério quanto a quem é o Príncipe Mestiço é deixado em segundo plano por todas os assuntos de namoros. Alguns deles são agradáveis e divertidos, mas deveriam ter ficado como alívio cômico de segundo plano para ajudar a equilibrar o drama principal. Há uma parte onde Harry briga com Malfoy em um banheiro e ele usa algum feitiço violento, fazendo o peito de Malfoy sangrar, mas o fato de que Harry pegou esse feitiço do livro de poções se perdeu para mim. Eu posso ter deixado escapar alguma coisa, mas independente disso, qualquer cena ou fala de diálogo para supostamente enfatizar esse fato definitivamente precisa de mais atenção. Além disso, existe uma cena durante o Natal, que não estava no livro, na qual alguns Comensais da Morte atacam o lar dos Weasley, atraindo primeiro Harry e Gina para um campo de trigo (ou algo parecido), e depois Lupin e mais alguém, que me esqueci. A cena soa completamente desnecessária - levada adiante para dar à platéia para uma injeção de ação por volta da metade do filme.
Eu tive a maioria dos problemas com o terceiro final do filme. A viagem de Harry e Dumbledore para a caverna pareceu vir do nada, assim como a declaração de Dumbledore que ele deveria beber o líquido da bacia na qual o medalhão que eles buscavam estava escondido. Eu não me lembro se foi assim que aconteceu no livro, mas lembro chegando a esse ponto e concluindo de algum modo que, pelo menos, senti isso mais natural.
Depois disso, eles fazem seu caminho para a torre e, em vez de utilizar o feitiço para imobilizar o Harry e cobrí-lo com a Capa da Invisibilidade como no livro, Dumbledore apenas manda Harry se afastar, e Harry vai para o andar debaixo, pára e assiste a cena seguinte através de rachaduras no chão acima dele. Malfoy tenta matar Dumbledore, mas percebe que não consegue. Snape chega no andar debaixo e sinaliza para Harry ficar quieto, o que ele faz de maneira nada característica. Snape então sobe as escadas e envia Dumbledore para sua morte. As modificações feitas dessa cena do livro para o filme são terríveis, e elas parcialmente estragam o que poderia ser a maior surpresa de toda a franquia.
Mais tarde, não existe uma enorme batalha. Os Comensais da Morte caminham para fora silenciosamente. Lembro-me da luta no livro ser fantástica, e eu, pessoalmente, prefereria ter tido uma cena breve no início com dois caras conversando sobre coisas horríveis que os Comensais da Morte estavam fazendo do que eliminar a batalha do final. Harry corre atrás deles e confronta Snape, que discretamente conta a ele que é o Príncipe Mestiço. Novamente, devido à falta de atenção dada a essa subtrama, eu realmente não me importei. No livro, ele grita a sua resposta. O livro mostra Snape gritando, e o filme o tem usando sua voz profunda. O que foi decepcionante.
E como se isso não fosse suficiente, não há nenhum enterro para o Dumbledore. Ele foi cortado.
Eles têm quase um ano antes desse filme ser lançado, então há tempo em abundância para a edição, o que é uma boa notícia, porque esse corte foi bastante tolo. Uma mulher em nossa discussão de pós-exibição de aproximadamente 20 a 25 pessoas disse que ela costuma chorar nos filmes, mas não teve reação alguma quando Dumbledore morreu. Esperançosamente, os cineastas vão aliviar nos assuntos dos relacionamentos e enfatizar mais na trama do livro de poções/Príncipe Mestiço. Eu gostaria de pensar que eles filmaram a batalha final que faltou e também filmaram o funeral, mas duvido que o estúdio estaria disposto a gastar ainda mais dinheiro, especialmente por causa da forma como foi elaborada a batalha no livro.
Segunda prévia publicada pelo CaponeOlá. Eu vi um teste de exibição incrivelmente cedo de Harry Potter e o Enigma do Príncipe, no sábado, em Chicago. Foi um evento envolto em sigilo, a audiência só foi avisada de qual filme eles tinham ido ver segundos antes das luzes se apagarem, e eu honestamente fiquei empolgado. Empolgado como um garoto de cinco anos de idade.
Minha decepção com o que se seguiu foi infinita.
Em primeiro lugar, vamos começar com o que foi bom, por nenhuma outra razão além de que vai levar menos tempo. A abertura, muito diferente do romance, foi muito forte. Nós vemos a ponte destruída pelos Comensais da Morte, o Beco Diagonal quase sem ninguém, Harry e Dumbledore com sinais de luto antes de uma abordagem da Imprensa Mágica, e Snape fazendo o muito assustador Voto [muito] Perpétuo. Eu tive um sentimento verdadeiro de urgência, de ameaças chamando atenção para as coisas que estavam por ir. E elas estavam. Apenas não no sentido que eu havia esperado.
Havia também a atuação inspiradora feita por Jim Broadbent como o Prof. Horácio Slughorn. Facilmente o personagem mais agradável no filme, eu me vi distraído nas cenas que ele estava ausente e em expectativa pela próxima na qual ele estaria. Na realidade, houve uma série de bom humor, não apenas de Broadbent. Há bastante drama adolescente nesse filme, mais notavelmente um triângulo amoroso entre Harry, Gina e Dino Thomas. Uma poção do amor inexistente acrescenta um pouco de leveza ao Rony Weasley (que finalmente ganha um espaço no Quadribol, um dos muitos pontos ansiados cortado do último filme).
E, bem, isso é tudo.
O problema com todo esse romance é Todo Esse Romance. Ele domina o filme, tirando nosso foco não apenas dos pontos mais importantes da trama - que caem desastrosamente através das fendas - mas também afasta o humor que, em um (quase) penúltimo filme, deveria estar como primeiro lugar.
O título desse filme é Harry Potter e o ENIGMA DO PRÍNCIPE, mas a personagem-título quase não tem tempo na tela e muito menos explicação, salvo por algumas exceções que, se você não leu o livro, poderiam muito bem ter sido cortadas. Melhor chamar o filme de Harry Potter e os Hormônios de Hedes e nos salvar de nossa desilusão.
A maior parte dos meus problemas com esse filme estão relacionados com os cortes e as alterações do livro, que seriam bons se fossem para a melhoria da experiência em andamento do filme, exceto que elas não são. Vão embora personagens notáveis como Rufo Scrimgeour, Fleur Delacour, Gui e Carlinhos Weasley. Outros regulares como Maggie Smith e Robbie Coltrane são reduzidos a duas falas de camafeu.
Para um livro baseado na missão de Harry e Dumbledore de descobrir mais sobre Voldemort e como detê-lo, através de suas memórias, todas as três memórias foram cortadas do filme. Por que os cinestas decidiram que era mais importante se focar no amor adolescente ao invés dos momentos definitivos da trama que são indivisíveis? Trata-se de um aneurisma induzindo a lógica que certamente vai me levar à morte na minha banheira.
E o final. Bom Deus, o final. Não só a cena da luta entre os Comensais da Morte e a Ordem da Fênix foi completamente removida, mas o mesmo acontece com o enterro de Dumbledore. Os três últimos desses filmes foram tão incrivelmente maltratados que a morte de Dumbledore soa mais como um infeliz acidente do que uma verdadeira tragédia. Ninguém no filme parece sequer remotamente chateado que ele se foi, e os Comensais da Morte que o mataram, incluindo o que seria-um-bom-cara Severo Snape (Alan Rickman, o personagem título em forma de camafeu), vão embora de Hogwarts sem sofrer danos.
Qualquer um que tenha lido o livro (um incrível número de camaradas que a Warner Bros. parece ter esquecido ser o público-alvo - isso ou eles têm alguma vingança pessoal contra os fãs) ficará cruelmente, CRUELMENTE decepcionado com esse filme. Vamos apenas esperar que nos meses de separação entre agora e o lançamento do filme, a Warner terá tempo e dinheiro para consertar essa bagunça incrível.
Infelizmente, eu não estou prendendo a respiração.
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